terça-feira, 31 de julho de 2012

Entrevista Jogatina: conheça Mangueira

Ele nasceu e cresceu com orgulho no morro da Mangueira, o “berço do samba carioca”, segundo suas próprias palavras. Aos 33 anos, conhecido pelo apelido de “Mangueira”, ele faz parte da comunidade Jogatina desde 2002, quando foi convidado por um amigo.

Atualmente, Mangueira, que trabalha com informática na área de de montagem, configuração e redes, entre outras especialidades, se dedica a organizar a Copa do Mundo de Tranca, um torneio semanal onde a ideia é “aproximar os grupos existentes na tranca, para que futuramente possam fazer amizades e realizar encontros”.

Confira todos os detalhas da entrevista Jogatina exclusiva com Mangueira:


Quais foram suas primeiras impressões do Jogatina?
Minhas impressões sempre foram as melhores possíveis, eu achava o site dinâmico e com boa jogabilidade e com um design que lembrava as mesas de jogos, com o pano verdinho, como eu já estava acostumado a jogar. As primeiras amizades também foram muito importantes para a minha continuação no site, nós combinávamos de jogar juntos, trocávamos email e msn, para saber onde a turma estava jogando.


Como você é conhecido no Jogatina?
Há 10 anos uso sempre o mesmo apelido: MANGUEIRA. É uma homenagem a escola de samba e ao lugar onde nasci.


Conte-nos um pouco sobre quem é Mangueira, o que gosta de fazer, sua atividade profissional?
Sou um carioca da gema, de 33 anos, nascido e criado, com orgulho, no morro da Mangueira, berço do samba carioca. Gosto de jogar baralho com os amigos, ir em restaurantes e fazer caminhadas. Trabalho com informática na área de montagem, configuração, manutenção, redes  etc...


Nesses 10 anos de Jogatina, tem alguma história especial para contar?
A história mais especial de todas é que conheci uma grande mulher, que me ajudou muito na minha vida e me proporcionou 4 anos muito agradáveis em sua companhia.
Outro grande momento foi a realização do 1º Encontro Nacional do Jogatina, realizado em 2009 na cidade do Rio de Janeiro. Reunimos 150 pessoas de vários lugares do Brasil e acredito que pude contribuir para que muitas pessoas fizessem amizades: algumas deles são amigas até hoje.


Como funcionam esses torneios? Você é o organizador?
Hoje, organizo a Copa do Mundo de Tranca, um torneio onde tento envolver e aproximar os grupos existentes na jogo, para que futuramente possamos fazer amizades, realizar encontros e etc...
A Copa do mundo é uma competição, onde grupos jogam contra outros grupos. As partidas são de mano (um contra um), sempre em melhor de 3 e quem perde é eliminado. O torneio tem duração, em média, de 6 a 7 dias. Pela nossa experiência, é uma competição onde a grande maioria que participa gosta e volta a participar.
Meu papel nisso tudo é bem simples, ser um elo de ligação entre as pessoas, para elas possam fazer amizades.


Como é sua rotina no Jogatina? Onde podemos encontrar o Mangueira?
Minha rotina hoje no Jogatina é de fazer amizades, e sempre tentar elaborar algo para que faça as pessoas se aproximarem uma das outras, meu jogo preferido é buraco aberto, e ultimamente estou na tranca, onde estou fazendo muitas amizades, apesar do pouco tempo que estou lá.


Como um dos jogadores mais fieis que temos, você percebe as diferenças entre os jogadores novos e antigos?
A diferença mais aparente, é que os mais novos demoram um pouco para se enturmar e fazer amizades. Isso não ocorre de imediato, pois quem já é antigo, já se conhece e tem uma rotina, sabe da existência de grupos, tem os seus parceiros de jogos.


Quais são as expressões e gírias típicas de um jogador do Jogatina?


Existem muitas, mas as algumas delas são:


PCO(A) = parceiro(a)

PANGA = parceiros inexperientes que estão aprendendo a jogar

TITANIC = é o PCO que afundo o outro PCO com jogadas bisonhas

AFFFFFFF = é usado quando não acreditamos o que está acontecendo, ou o pco entrega o jogo todo, ou pco não pega cartas boas no lixo ou quando se demora várias rodadas sem achar uma carta boa ou encaixada.


Finalmente, Mangueira, que pode ser encontrado pelo seu blog  http://poderjogatina.blogspot.com.br/ , pediu para agradecer alguns amigos:  "gostaria de agradecer aos meus amigos, e em especial minhas amigas queridas da tranca, aos grupos  AT, ASA, FC, IJ, G&A, FV, JV, SA, PM, US, FRIENDS, SG, CV, DA, AJ, DG, CIA que participaram de algumas das  3 edições da copas do mundo de tranca que realizei, e todos os coordenadores e jogadores, e a equipe do site jogatina.com, que me proporcionou momentos agradáveis ao lado de pessoas maravilhosas."

E você? Tem uma história especial no Jogatina.com? Quer ser entrevistado para o blog? Escreva para o e-mail blogjogatina@gmail.com! Vamos lá!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dica de Livro: O Dia do Coringa


Você certamente já ouviu falar Jostein Gaarder, autor conhecido e admirado pelo best-seller O Mundo de Sofia. Na nossa dica de livro de hoje, recomendamos mais uma obra deste autor norueguês que aborda as temáticas da vida e do ser humano que se perde em sua rotina. Misturando o universo do baralho com filosofia, o Dia do Curinga remete a clássicos da literatura como As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol.




Para nós, jogatineiros, é interessante a relação do livro com o universo das cartas. Cada um um dos 53 capítulos representa uma carta do baralho (incluíndo o curinga). Gaarder é engenhoso e propõe uma contagem do tempo por meio das cartas, já que cada naipe equivaleria a uma das quatro estações. As 13 cartas (de Às ao Rei) que formam cada naipe, seriam as semanas.

Parece complicado, mas não é. O nosso calendário gregoriano é - normalmente - composto por 365 dias. Mas existem anos bissextos, que possuem um dia a mais, o famoso dia 29 de fevereiro. Sendo assim, o calendário possui 52 semanas - mesmo número de cartas do baralho. 

Jostein Gaarder divide o ano em 13 meses de 28 dias, sendo um mês para cada carta. Desta maneira, cada naipe representa uma estação diferente: os ouros são a primavera, os paus são o verão, as copas são o outono e as espadas são o inverno.

O dia que sobrou no calendário é que dá nome ao livro: é o Dia do Curinga! Trata-se de um dia que não pertence a ninguém, mas no ano bissexto ocorre em dose dupla.

A trama do livro é envolvente e interessante, misturando temas como existência e destino, sociedade com baralho e questionamentos sobre a diversidade e o preconceito.

Então, jogadores, essa é uma boa dica para aprofundar a sua paixão pelo jogo de carteado com literatura de qualidade. Isso não quer dizer que seja apenas para quem gosta de jogar cartas, já que é um bom livro de ficção, de um autor reconhecido. Vale até como presente para aquele amigo que você sabe que curte filosofia e uma boa leitura antes de dormir.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Nicolau Villa Lobos: campeão de poker


Com apenas 24 anos, ele se tornou, há uma semana, o melhor jogador de poker do Brasil. Em entrevista exclusiva ao Blog do Jogatina, direto de Las Vegas, Nicolau Villa-Lobos explicou o que os vencedores têm que ter: "Para se tornar um vencedor no poker online é preciso se dedicar muito". Também detalhou seu processo de aprendizado, a importância do poker online na formação dos novos jogadores e falou sobre os momentos marcantes da sua prodigiosa carreira.

Em sua primeira participação no World Series of Poker (conhecido como WSOP), maior torneio do esporte do mundo, Nicolau desbancou mais de 6,5 mil jogadores e atingiu a 77a colocação do Main Event. Foi disparado o melhor brasileiro na competição, desbancando jogadores do nível de André Akkari e Thiago Decano. Assim, consagrou-se como melhor brasileiro no poker mundial.




Nicolau Villa-Lobos, melhor brasileiro no WSOP, durante o torneio


Blog do Jogatina: Quando você começou a jogar poker? 
Nicolau Villa-Lobos: Sempre fui um cara muito ativo e pratiquei esportes a vida inteira. Só que em 2007 fiz uma cirurgia no coração e tive que ficar de repouso por 6 meses. Durante a recuperação, alguns amigos me apresentaram o poker online e foi assim que comecei a jogar.


Jogatina: Você poderia explicar as principais diferenças entre jogos online e ao vivo?
NVL: Na minha opinião o jogo online é um pouco mais mecânico, e o volume de jogo faz uma diferença importante. O ritmo também é diferente, e por isso o jogo é mais agressivo. Para se tornar um jogador vencedor online é preciso se dedicar muito.


Jogatina: Que conselhos você daria alguém que está começando a jogar poker online?
NVL: Praticar. Quanto mais mãos um jogador jogar, mais experiênca e situações diferentes ele terá vivido. Além disso, recomendo estudar sempre, e procurar ler o que os mais experientes e vencedores têm a dizer.

Jogatina: Que características um jogador de poker precisa ter?
NVL: Acredito que a paciência é essencial para qualquer jogador de poker. No poker online, acho que a dedicação exerce influência direto no resultado dos jogadores. Obviamente, acredito no dom dos jogadores, aquele algo a mais que os diferencia dos demais.



Jogatina: É verdade que a velocidade do jogo online, que permite jogar muitas mãos em poucas horas, acelera o aprendizado?
NVL: É verdade, pois o volume de jogo é muito maior.  Então o jogador vivencia muitas experiências em um período curto de tempo. E como eu disse, a prática é tudo no poker. Esse fenômeno se reflete no pôquer ao vivo, onde os jogadores que vieram do poker online têm obtido os melhores resultados. Nos últimos 4 anos, por exemplo, os campeões do Main Event do WSOP eram profissionais do online e tinham menos de 25 anos.

Phil Ivey, vencedor incontestável, se destaca pela paciência


Jogatina: Alguns jogadores se deixam levar pela emoção e acabam perdendo a noção do tempo quando estão jogando? Você é assim? Existe uma hora certa para parar?
Nicolau Villa-Lobos: Eu costumo jogar até minha motivação acabar. Quando já não estou mais feliz na mesa, procuro levantar. E isso serve também para quando estou perdendo. É importante ter um limite, para que assim você não comece a tomar decisões erradas



Jogatina: Qual era sua expectativa quando decidiu participar do WSOP? Imaginava chegar tão longe?
NVL: Na verdade, eu nem jogaria o Main Event. Vim para Las Vegas jogar alguns torneios satélites e outros eventos paralelos do WSOP. Mas consegui me classificar no último satélite, que dava uma vaga para o Main Event e realizei o sonho de jogar o evento.



Jogatina: Você imaginava obter um resultado extraordinário como esse?
NVL: Eu acho que me adapto bem aos torneios deep stack, e assim fui levando, dia 1,2,3,4,5, até chegar ao dia 6. Ficar no top 100 no primeiro Main Event foi um sonho, e fiquei muito feliz com meu desempenho e com meu resultado. Ano que vem estarei de volta!



Jogatina: Qual foi a sua mão mais marcante na disputa do torneio?
Nicolau Villa-Lobos: Tiveram duas mãos que eu considero muito importantes para o meu Main Event. A primeira foi um KK (dois Reis) que eu perdi, mas por estar fora de posição contra um jogador muito agressivo, adotei uma linha em que eu perdi o menor número de fichas possível. Se eu tivesse jogado essa mão de outra forma, eu poderia ter sido eliminado no dia 3.



Jogatina: Você teve um momento marcante, em que “cresceu” em cima de um jogador famoso, o Joseph Cheong. Como foi isso?
NVL: Foi no dia 5, quando eu saí de uma mesa que estava me dando super bem e caí numa mesa complicadíssima em que tinham 3 excelentes jogadores, que estavam muito com muitas fichas. O jogo estava muito agressivo e depois de um aumento/call eu optei por um All-in de As e Rei de naipes diferentes. O Joseph Cheong, que estava com As e Dama de naipes diferentes pagou. Ganhei a mão e depois consegui ganhar mais fichas, inclusive do Cheong novamente. Acredito, inclusive, que contribui bastante para a eliminação dele do torneio.



Cheong, um dos melhores do mundo, sentiu a força de Nicolau no dia 5


Jogatina: Você falou que costuma seguir o exemplo dos jogadores vitoriosos. Quais são os seus ídolos nesse esporte?
NVL: O número de jogadores que eu admiro é muito grande. São muitos que estão jogando um poker do mais alto nível possível. Mas para citar nomes, os dois Phils, Ivey e Hellmuth são absurdos na minha opinião. Daniel Negreanu é outro que considero ser um dos melhores do mundo. Outro cara que gosto muito é o Jason Mercier, muito agressivo, joga um poker muito afiado. No Brasil, é impossível não citar o Alexandre Gomes, que tem bracelete do WSOP, do WPT e do SCOOP, e o André Akkari que também tem WSOP no currículo e é nosso embaixador do poker.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Truco Paulista: 4 dicas para iniciantes


Algumas pessoas fogem do jogo de truco por considerá-lo “complicado”, “difícil” ou “com muitas regras”. Mal sabem eles que, na prática, a coisa é bem diferente. O truco é um esporte contagiante justamente pela facilidade de aprendizado das regras. Depois que você entende a ordem das cartas, tudo fica simples.

Então, se você nunca jogou truco ou está começando, chegou a hora de tentar. Pensando na nossa comunidade de jogadores, o Jogatina.com separou 4 dicas essenciais para você começar a jogar sem medo de errar ou prejudicar o seu parceiro. Leia, aproveite e teste seu conhecimento. É bem fácil!


1. Fique sempre de olho na "colinha"

Ela fica no canto inferior esquerdo da sua tela. Ela indica a sequência de força das cartas e dos naipes para você saber qual é a maior e menor carta, além de mostrar sempre qual é a manilha da rodada. Super importante! Olhe sempre antes de completar sua jogada.




2. Converse com o seu parceiro antes de aceitar o pedido de Truco
O diálogo é essencial, pois o jogo de Truco (diferentemente do jogo de Buraco) é feito com sinais e conversas. Por isso, antes de aceitar o pedido do seu adversário, pergunte ao seu parceiro se ele concorda ou não. Talvez você tenha uma carta boa, mas ele não.

3. Se a 2ª rodada empatar, a mão é de quem vence a 1ª
Por isso é sempre importante ganhar a primeira rodada! Na maioria das partidas, quando você recebe uma carta 3 (a mais forte do jogo sem contar com a manilha), o ideal é jogá-la na primeira rodada. Mas isso só é bom se você não for o primeiro a jogar (pra deixar seu parceiro ter uma chance de jogar também né?).

4. Se a 1ª rodada empatar, a mão é de quem ganha a 2ª
Se você jogou uma carta para cobrir a do seu adversário e o jogador seguinte usou uma com a mesma força que a sua (exemplo: K de paus e K de ouro; 3 de espada e 3 de copas), independente do naipe, essa primeira rodada empatará. Os pontos serão de quem vencer a segunda rodada. Por isso, é bom ganhar a primeira logo.


Agora que você já ficou por dentro das nossas dicas, é hora de passar da teoria para prática, não é? Jogue uma partidinha de truco agora! E se você possui mais dicas interessantes que possa ensinar aos nossos iniciantes? Conte para a gente e compartilhe com os seus amigos!